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July 2, 2020
July 2, 2020
June 18, 2019
Nosso artigo foi contemplado no Prêmio Destaque do Instituto de Química - USP 2017-2018.
Se pudesse escolher entre um anel, um colar ou uma barra, sendo todos de ouro, qual seria sua opção?
Alguns químicos escolheriam partículas milhares e até milhões de vezes menores que um grão de areia...pouca ambição? No artigo premiado do Daniel Grasseschi essa estranha escolha é explicada!
Essas minúsculas partículas são chamadas de nanopartículas de ouro, e possuem propriedades bem diferenciadas. Uma das coisas mais interessantes é a maneira como elas interagem com a luz, permitindo aplicações que impactam em diferentes áreas da ciência como a química, física, biologia, engenharia, medicina, dentre outras.
Em biomedicina elas podem ser utilizadas no tratamento de câncer e em testes clínicos, também se aplicam na produção combustíveis renováveis e no controle de qualidade, através da detecção de poluentes como metais pesados em águas. Esses são apenas alguns exemplos, mas as aplicações vêm crescendo constantemente e são de grande interesse da comunidade científica.
Mas como um mesmo material pode ter tantas aplicações diferentes? A aplicação das nanopartículas requer um controle fino de suas propriedades como tamanho, forma, composição e propriedades superficiais. A produção de nanopartículas utiliza moléculas capazes de controlar o crescimento dos nanocristais, proporcionando estabilidade à nanopartícula e sua superfície, e controlando suas propriedades químicas e físico-químicas.
Portanto, o uso de moléculas multifuncionais é uma área de estudo para controlar como as nanopartículas de ouro interagem com o ambiente ao seu redor, criando materiais híbridos com propriedades químicas diferenciadas.
O artigo do Daniel é um artigo de revisão, nele são apresentados diferentes métodos de criação desse materiais, de caracterização da interação de diferentes moléculas com a superfície de nanopartículas de ouro e as diferentes aplicações desses materiais, que englobam desde sistemas de detecção e remoção de metais pesados até células solares para produção de energia.
O artigo traz a experiência de mais de 15 anos de pesquisa em produção e aplicação de nanomateriais realizadas no Laboratório de Química Supramolecular e Nanotecnologia - LQSN do Instituto de Química da USP liderado pelo Prof. Dr. Henrique Toma, do qual o Daniel fez parte de 2007 a 2016, durante a graduação e o doutorado.
Poderosas essas nanopartículas não?
Aqui está o link para o artigo:
The SERS effect in coordination chemistry
Daniel Grasseschichi / Henrique E.Toma
https://www.sciencedirect.com/…/a…/abs/pii/S0010854516304076